quarta-feira, 27 de junho de 2012

Como você tem feito sua oração?

Aprenda a rezar para fazer a vontade de Deus Os conteúdos da oração, como os de todo diálogo de amor, podem ser múltiplos e variados. Cabe, no entanto, destacar alguns especialmente significativos: Petição É frequente a referência à oração impetratória ao longo de toda a Sagrada Escritura; também nos lábios de Jesus, que nos convida a pedir, encarecendo o valor e a importância de uma prece singela e confiada. A tradição cristã reiterou esse convite, pondo-a em prática de muitas maneiras: petição de perdão, petição pela própria salvação e pela dos demais, petição pela Igreja e pelo apostolado, petição pelas mais variadas necessidades, etc. De fato, a oração de petição faz parte da experiência religiosa universal. O reconhecimento, ainda que em ocasiões difusas da realidade de Deus (ou mais genericamente de um ser superior), provoca a tendência a dirigir-se a Ele, solicitando Sua proteção e Sua ajuda. Certamente, a oração não se esgota na prece, mas a petição é manifestação decisiva da oração, assim como reconhecimento e expressão da condição criada do ser humano e de sua dependência absoluta de um Deus cujo amor a fé nos dá conhecer de maneira plena (cf. Catecismo, 2629.2635). Ação de graças O reconhecimento dos bens recebidos e, através deles, da magnificência e misericórdia divinas, impulsiona a dirigir o espírito a Deus para proclamar e lhe agradecer seus benefícios. A atitude de ação de graças, cheia desde o princípio até o fim a Sagrada Escritura e a história da espiritualidade. Uma e outra põem de manifesto que, quando essa atitude arraiga na alma, dá lugar a um processo que leva a reconhecer como dom divino todos os acontecimentos, não somente aquelas realidades que a experiência imediata acredita como gratificantes, mas também as aparentemente negativas ou adversas. Consciente de que o acontecer está situado sob o desígnio amoroso de Deus, o fiel sabe que tudo redunda no bem de quem – a cada homem – é objeto do amor divino (cf. Rm 8,28). São José Maria Escrivá ensina que: “Habitua-te a elevar o coração a Deus em ação de graças muitas vezes ao dia. - Porque te dá isto e aquilo. - Porque te desprezaram. - Porque não tens o que precisas, ou porque o tens. Porque fez tão formosa a sua Mãe, que é também tua Mãe. - Porque criou o Sol e a Lua e este animal e aquela planta. - Porque fez aquele homem eloqüente e a ti te fez difícil de palavra... Dá-Lhe graças por tudo, porque tudo é bom.” Adoração e louvor É parte essencial da oração reconhecer e proclamar a grandeza de Deus, a plenitude de seu ser, a infinitude de sua bondade e de seu amor. Ao louvor pode-se desembocar a partir da consideração da beleza e magnitude do universo, como acontece em múltiplos textos bíblicos (cf., por exemplo, Sal 19; Se 42, 15-25; Dn 3, 32-90) e em numerosas orações da tradição cristã; ou a partir das obras grandes e maravilhosas que Deus opera na história da salvação, como ocorre no Magnificat (Lc 1, 46-55) ou nos grandes hinos paulinos (ver, por exemplo, Ef 1, 3-14); ou de fatos pequenos e inclusive miúdos nos que se manifesta o amor de Deus. Em todo caso, o que caracteriza o louvor é que nele o olhar vai diretamente a Deus mesmo, tal e como é em si, em sua perfeição ilimitada e infinita. O louvor é a forma de oração que reconhece o mais imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o pelo que Ele mesmo é, dá-lhe glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele é. (Catecismo, 2639). Está, por isso, intimamente unida à adoração, ao reconhecimento, não só intelectual, mas existencial, da pequenez de tudo criado em comparação com o Criador e, em consequência, à humildade, à aceitação da pessoa indignada ante quem nos transcende até o infinito; à maravilha que causa o fato de que esse Deus, ao que os anjos e o universo inteiro rendem homenagem, dignou-se não só a fixar seu olhar no homem, mas habitá-lo; mais ainda, a se encarnar. Adoração, louvor, petição e ação de graças resumem as disposições de fundo, que informam a totalidade do diálogo entre o homem e Deus. Seja qual for o conteúdo concreto da oração, quem reza o faz sempre, de uma forma ou de outra, explícita ou implicitamente, adorando, louvando, suplicando, implorando ou dando graças a esse Deus ao qual reverencia, ao qual ama e no qual confia. Importa reiterar, ao mesmo tempo, que os conteúdos concretos da oração poderão ser muito variados. Em ocasiões se irá à oração para considerar passagens da Escritura, para aprofundar em alguma verdade cristã, para reviver a vida de Cristo, para sentir a proximidade de Santa Maria. Em outras, iniciará a partir da própria vida para participar a Deus das alegrias e os afãs, das ilusões e dos problemas que o existir comporta; ou para encontrar apoio e consolo; ou para examinar ante Deus o próprio comportamento e chegar a propósitos e decisões; ou, mais singelamente, para comentar com quem sabemos que nos ama as incidências da jornada. Encontro entre o que crê e Deus em quem se apoia e pelo que se sabe amado, a oração pode versar sobre a totalidade das incidências que conformam o existir e sobre a totalidade dos sentimentos que pode experimentar o coração. Escreveste-me: “Orar é falar com Deus. Mas de quê?” - De quê? D'Ele e de ti: alegrias, tristezas, êxitos e fracassos, ambições nobres, preocupações diárias, fraquezas; e ações de graças e pedidos; e amor e desagravo. Em duas palavras: conhecê-Lo e conhecer-te - ganhar intimidade!”, ensinou São José Maria Escrivá. Seguindo uma e outra via, a oração será sempre um encontro íntimo e filial entre o homem e Deus, que fomentará o sentido da proximidade divina e conduzirá a viver a cada dia da existência de cara a Deus. José Luis Illanes http://www.opusdei.org.br 27/06/2012 - 08h00

5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida luta pelos direitos do nascituro e lança campanha A Vida Depende do seu Voto

Publicado em 26/06/2012
Defender a vida humana desde a sua concepção, colocando esses direitos no Estatuto do Nascituro é o que busca o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto. Em busca de direitos e projetos que defendam a vida daqueles que ainda nem nasceram é que foi criado o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto. Organização de natureza suprapartidária e supra-religiosa que defende a preservação da vida desde sua concepção, vem atuando com apoio de diversos atores sociais, entre eles a Igreja Católica, que, por meio da CNBB e da Pastoral da Família, contribui para seu fortalecimento no Brasil. “Contamos com o amplo apoio da CNBB em nossas ações, pois lutamos pela mesma causa: a vida”, comenta a Drª Lenise Garcia, presidente nacional da ação, doutora em microbiologia e imunologia e professora da Universidade de Brasília. Para trazer mais força a luta a favor dos fetos, acontece hoje, em Brasília, a 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida que pretende levar ao presidente da Câmara Federal assinaturas da população que exigem a aprovação do Estatuto do Nascituro. “É importante que consigamos a efetivação desse estatuto o mais rápido possível, afinal nossa constituição hoje abre brechas tanto para o aborto quanto para a eutanásia”, comenta Lenise. Durante a tarde de hoje, ainda será lançada a campanha A Vida Depende do seu Voto, que “divulga em nosso site os candidatos que aderem a vida e se comprometem com o cuidado com os nascituros”, afirma. Para conhecê-los basta acessar a lista no site Brasil sem Aborto (brasilsemaborto.com.br). Sempre conselheiro dos ensinamentos de Jesus Cristo, Pe. Werenfried já afirmava que “pessoas que apoiam o assassinato de vidas antes do nascimento não são dignas de confiança quando levantam contra o aumento dos arsenais atômicos. Eles ameaçam a paz muito mais do que os enormes arsenais nucleares. Eles destroem a paz com Deus”. Os mais necessitados estão à espera.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Vaticano pede maior promoção à vocação sacerdotal

Foi apresentado na manhã desta segunda-feira, 25, no Vaticano, o Documento "Orientações pastorais para a promoção das vocações ao ministério sacerdotal". O documento está estruturado em três partes: a primeira examina a situação atual, seja das vocações como do ministério sacerdotal nas várias partes do mundo; a segunda aborda a vocação e a identidade do sacerdócio; e a última parte, por fim, indica propostas para a pastoral das vocações sacerdotais. Acesse .: NA ÍNTEGRA: Orientações para promoção das vocações sacerdotais O prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski, explica que a primeira parte do documento indica, sobretudo, três razões principais que contrastam a pastoral vocacional e que tornam evidente nas Igrejas de antiga tradição cristã no ocidente: O declínio da população e da crise da família; a difusão da mentalidade secularizada; as difíceis condições de vida e do ministério do padre. Já na segunda parte é oferecida uma apresentação resumida e global da identidade e do ministério sacerdotal, mais concentrada no perfil teológico e espiritual do padre. "A síntese da doutrina teológica e espiritual apresentada nestes parágrafos responde a duas exigências. Antes de tudo, a intenção é colocar em destaque as características essenciais da vocação ao sacerdócio, com referência à sintese oferecida pelo Concíclio Vaticano II e desenvolvida no Ministério pós-concílio, sobretudo na Pastores dabo vobis", explica o secretário da Congregação para a Educação Católica, Dom Jean-Louis Bruguès. A terceira parte é a mais longa do documento e propõe uma série de indicações concretas sugeridas por todas as conferências episcopais consultadas. Na primeira frase do capítulo lê-se: “Em alguns países registra-se um vigoroso e promissor florescimento das vocações sacerdotais, que encoraja o prosseguimento no caminho da promoção vocacional”. “É interessante confrontar a evolução das vocações ao sacerdócio ocorrida nos últimos 10 anos. Observamos o número de estudantes de filosofia e teologia, seja nas dioceses que nas congregações religiosas masculinas distribuídas nas diversas áreas geográficas”, esclarece o subsecretário da Congregação para a Educação Católica, Dom Angelo Vincenzo Zani. Na Europa, por exemplo, se constatou uma maior carência de vocações sacerdotais. Os estudantes de teologia e filosofia nos centros diocesanos em 2000 eram 26.879 e em 2010 passaram a ser 20.564. Já na América Latina, os dados se mostram mais estáveis, mas com uma pequena elevação: Em 2010, os estudantes de teologia e filosofia nos centros diocesanos em eram 20.79, e, em 2010, passaram a ser 20.919. Uma solicitação importante feita no documento diz respeito à Vigília do Ano da Fé que é um chamado a “propor a experiência de fé como relação pessoal e profunda com o Senhor Jesus Cristo”. “O documento repete novamente o campo fértil para a semeação vocacional, é uma comunidade cristã que ouve a Palavra, reza com a liturgia e testemunha a caridade. Ele dirige a toda Igreja a um encorajamento, a retomar com confiança o próprio empenho educativo para o acolhimento do chamado de Deus ao ministério sacerdotal”, conclui Dom Angelo.
Uma cidade agitada, romântica, encantadora. Repleta de histórias, cultura e tradições. Aqui o antigo e o moderno se misturam. Barulho e silêncio dividem um mesmo espaço separados por grossas paredes. Cidade de imperadores e gente comum, da burguesia e do servente. Aqui se percebe a nobreza e se espanta com a pobreza. Cidade não tão grande, mas capaz de acolher o mundo todo, muitos que passam, outros que permanecem. Bela de se ver, curiosa de se conhecer e completa para se viver. Bem vindos a Roma! Por aqui se vê de tudo. Não é difícil encontrar pessoas diferentes, nem mesmo é necessário procurá-las. Um passeio pelas ruas de Roma revela a presença de negros, brancos, pardos, índios, mestiços, hippie, punk, clubber, católicos, evangélicos, muçulmanos etc. Esta é a percepção de quem frequenta transportes públicos ou passa algumas horas na famosa Praça de São Pedro. Como evangelizar no meio de tantas diferenças? Como evangelizar as pessoas desta pátria e também aqueles que por aqui acabam se instalando? É um belo questionamento! www.revolucaojesus.com

Que tal adentrar no coração de Jesus?

Que tal fazermos no dia de hoje um experiência com o Sagrado Coração de Jesus??? Um homem esteve aos pés de Jesus, ouviu dos seus próprios lábios a boa nova, e numa determinada situação ele disse: ‘Eu só acreditarei se eu tocar! Eu só acreditarei se eu ver!’ Você se identifica neste perfil? Pq eu sim! Deus fala tanto ao nosso coração, carregamos promessas… esperanças… alegrias… Mas existe aquele momento… Sabe aquele? Pois é… momento que não podemos estranhar o fogo da provação (I Pedro 4, 12) mas mesmo assim nos questionamos: Será q é isso mesmo? Será que era Jesus? Ah… Tomés que somos,Tomés atualizados! Naquela cena, Jesus não precisava aparecer para Tomé que questionou Sua Ressurreição, mas por amor Ele apareceu: ‘Vem aqui e coloque a tua mão no lugar onde os cravos perfuraram! Coloque aqui Tome a tua mão, onde a lança perfurou o meu sagrado coração!‘ Tomé não se conteve… como não enxergá-lo em prantos? Porque a tanto tempo caminhava com Jesus e mesmo assim, duvidou! E aproveitando dessa cena, olhamos para os fatos da nossa vida!!! Jesus não deixa Tomé no chão se lamentando, mas o pega pela mão e o abraça, se nos colocamos no lugar de Tomé que duvidou, pense agora nesse acolhimento, pois assim Deus se relaciona conosco! Se você como eu duvidou, eis a nossa oração: Senhor eu creio, mas a minha fé é tão pequena e podemos ter certeza que Jesus vem ao nosso encontro e nos abraça, assim como abraçou Tomé. Não confie porque você vê! Confie porque você experimentou… Podem tirar a nossa visão, mas não podem tirar a nossa experiência, ela não permite ficarmos no chão nos lamentando. Essa experiência permite que não só toquemos em Seu Coração, mas que sejamos introduzidos dentro desse Sagrado Coração que é nosso lugar seguro! Para aqueles que comigo se abriram a experiência com o Sagrado Coração de Jesus dedico essa canção! Nos encontramos no Coração de Deus, Edna Carvalho – Com. Canção Nova

"Para nós, a coisa mais difícil é esperar", adverte monsenhor Jonas

Segunda-Feira, 25 de junho 2012, 10h34 Aprenda a esperar pela hora de Deus Uma árvore boa não pode produzir maus frutos, assim como uma árvore má não pode produzir bons frutos. Temos de olhar para nós e ver que frutos estamos produzindo. Graças a Deus, nós somos árvores boas. Não por mérito próprio, mas por Jesus, pelo Batismo que Ele nos deu e pelo nosso encontro pessoal com Ele. Nenhum de nós é perfeito, mas o Senhor mora em nós como num templo. O Espírito Santo está em você, Jesus está em você, e onde Ele está o também se faz presente. Então, meus irmãos, a Trindade está em você. Assim, você pode produzir bons frutos. O Antigo Testamento nos fala da fé de Abraão. Ele estava ansioso, acreditava que Deus lhe daria aquelas terras, mas sabia que não teria filhos, pois Sara, sua esposa, era estéril. Então ele desabafava com Deus, questionando-Lhe o que iria receber de herança se não podia ter filhos (cf. Gn 15,2). Deus, porém, diz a ele com toda clareza que o herdeiro dele será um de seus descendentes (cf. Gn 15,4). O Senhor o conduz para fora de casa e lhe diz: "Olhe para o céu e conte as estrelas se for capaz. Assim será a sua descendência" (Gn 15,5). Abraão teve fé no Senhor e acreditou n’Ele. Abraão acreditou em Deus, embora todo o restante dissesse o contrário. Abraão ainda perguntou ao Senhor como iria saber se herdaria essa terra (cf. Gn 15,8). Deus, então, pede que ele pegue vários animais, entre eles duas aves. Abraão corta os animais ao meio, coloca-os em fila e, durante todo o dia, espera pelo Senhor. Você pode achar estranha essa atitude, mas esta era a forma dos homens fazerem uma aliança entre si. O grande trato que faziam era assim: os dois homens, que faziam uma aliança, passavam pelo meio dos animais, isso queria dizer que estavam fazendo um trato e que aconteceria com eles o mesmo que acontecera com os animais, caso um deles quebrasse o trato feito. Isso fazia com que fossem fiéis com os compromissos assumidos. Mas, dessa vez, o trato é com Deus, e é Ele quem toma a iniciativa. Assim, Abraão espera pelo Senhor durante todo o dia. Essa demora era mais uma demonstração de que ele teria de esperar muito para ter uma grande geração. Essa espera foi de, pelo menos, 500 anos para que ele tivesse a posse daquela terra. Meus irmãos, para nós, a coisa mais difícil é esperar. Deus é o Todo-Poderoso e cumpre suas promessas, mas o tempo está nas mãos d'Ele. Nós é que precisamos aprender a esperar. Talvez você esteja esperando grandes graças e milagres, esteja angustiado, desesperado... Mas precisamos aprender a aguardar pela hora do Senhor. Ele sabe qual é a melhor hora para nós. Muitas coisas Deus quer resolver para nós, mas isso não depende só d'Ele, mas também das pessoas. Como a situação do seu casamento: não depende só de você, mas também do seu cônjuge. O Pai dá a graça, mas cabe à pessoa aceitá-la ou não, acolhê-la ou não. É por isso que as coisas demoram. Maria, irmã de Lázaro e de Marta, era prostituta de leprosos e só se converteu após a ressurreição. Jesus esperou por ela como espera por cada um de nós, para mais um passo, mais uma conversão. Da mesma forma, Ele está esperando por seu marido, sua esposa, seus filhos. É preciso esperar, mas Deus é fiel. Quando já estava escurecendo, Abraão teve um sono, o que, na verdade, era a aproximação do Senhor. Ele foi tomado de um grande terror, pois a presença de Deus deixou uma sensação diferente em seu interior. Apareceu um braseiro fumegante e uma tocha de fogo que passaram entre os animais divididos. Ali estava o sinal da aliança do Deus Onipotente, mas também de Abraão que passava no meio dos animais. Ali se fazia a aliança entre Deus e Abraão: "Aos teus descendentes darei esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio, o Eufrates" (Gn 15,18). A Palavra nos traz uma grande lição: o Senhor fez uma aliança com você e com os seus. Deus é fiel! Ele vai cumprir as promessas d’Ele. Nós é que precisamos permanecer fiéis e ter a coragem de aprender a esperar. Deus o abençoe! Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova http://www.cancaonova.com/portal/canais/pejonas/informativos.php?id=2553

RCC Bahia realiza Encontro Estadual de Pregadores Seg, 11 de Junho de 2012 20:15 |

Aproximadamente 550 pregadores baianos reuniram-se no final de semana de 8 a 10 de junho no acampamento Maanaim, próximo a Feira de Santana, para o II Encontro Estadual de Pregadores do estado da Bahia. Das 22 dioceses do estado, 20 estavam representadas no evento. O coordenador nacional do Ministério de Pregação, Lázaro Praxedes, esteve no encontro e pregou sobre diversos temas, sempre fazendo uma ligação ao tema central do encontro, "Apascenta as minhas ovelhas". Além de Praxedes, a coordenadora estadual do Ministério de Pregação da RCC Bahia, Terezinha Araújo, ministrou as orações do evento. O encontro foi dirigido para aqueles que já estão no exercício do ministério, mas também para aqueles que porventura tenham se afastado e para os que desejam conhecer um pouco do perfil do Ministério de Pregação. Uma missa foi celebrada na sexta-feira (8) à noite, marcando a abertura oficial do encontro. Já na manhã de sábado, Praxedes fez um convite aos presentes de fixarem os olhos no chamado de Deus e a viverem uma vida segundo a vocação a que foram chamados. Em um segundo momento, levou todos a refletir sobre a mística profunda que tem o poder de curar, libertar, converter toda e qualquer situação. Sempre ressaltando que a Palavra de Deus pronunciada, realiza o que predisse “não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão” (Is 55,11). Durante a tarde de sábado, os pregadores foram convidados a refletir sobre o pastoreio. Momentos de intimidade com Deus e adoração ao Santíssimo Sacramento finalizaram o dia de sábado, com uma oração dirigida por Terezinha. Uma oração pedindo a efusão do Espírito Santo, em busca de um novo e profundo Pentecostes, iniciou a manhã do domingo. Lázaro pregou sobre a diferença entre experiência de Deus e experiência religiosa, enfatizando a importância de cada pregador atualizar a experiência de Deus em sua vida, mostrando que quando surge um desânimo e o serviço se torna um fardo, ele deve voltar-se para si e perceber que há algo errado. Finalizando, Lázaro falou da importância do ofício do pregar: “Fazer com que em cada pregação aconteça a experiência do Batismo no Espírito que transforma os rostos em memória permanente de Pentecostes”. Ele também explicou a missão do Ministério de Pregação: fazer discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo, evangelizando o povo de Deus do Brasil a partir da experiência do Batismo do Espírito Santo.

Quanto mais eu orar, melhor

Vida no Espírito é vida de oração. É o que Nossa Senhora nos diz, insistindo em nossos ouvidos como mãe. Começou há muito tempo, em La Salete, em Lourdes, em Fátima, e agora em suas aparições em Medjugorje. É a mãe insistindo para que oremos. A situação do mundo e a da Igreja exige muita oração. O grande derramamento do Espírito Santo, esse grande sopro do Espírito Santo, na Igreja e no mundo, só pode germinar, florescer e frutificar se houver calor, isto é, o calor da oração. Diga a si mesmo: "Quanto mais eu orar, melhor: nunca será demais. Eu preciso fazer da minha vida uma oração. Eu preciso de momentos fortes de oração, para que toda a minha vida se torne oração. É a minha necessidade". Deus o abençoe! Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova www.cancaonova.com

Deus está no controle do barco da minha vida!

Nossa alma como um pássaro escapou, do laço que lhe armara o caçador.” Sl 123/124 O Senhor está comigo. O Senhor está com você. Silencie agora e deixe que a palavra de Deus nos conduza nesta manhã. Cante comigo o refrão desse salmo: “ Nossa Alma como um pássaro escapou, do laço que lhe armara o caçador.” “Corre o barco da minha vida, entre as brumas e sombras da noite. A menor tempestade, pode me afundar, se vós mesmo Deus, não velásseis por mim, em cada instante da minha vida, em cada momento. Navego tranquilo e olho para longe. Quem está convosco não perecerá. Embora haja muitos perigos em volta, eu navego com coragem e alegria, como deve fazer um coração puro. Pelo motivo de serdes vós o meu timoneiro, tão serenamente, corre o barco da minha vida..S Fautina” No ano 2000 eu tinha um ano de comunidade, 6 meses de namoro com o Fábio Roniel, meu esposo que estaria ingressando na comunidade Canção Nova, no ano seguinte. Eu pedi para que o Fábio fosse conhecer minha família em Vitória no ES. Fomos então, passar o natal em família e voltaríamos no dia 28/12 de ônibus, mas meus pais se ofereceram para nos trazer de carro. E saímos um pouco antes do almoço e seguimos viagem. Mais ou menos as 15h aconteceu um acidente. Um carro bateu de frente com o nosso , e eu me via num acidente mas não queria acreditar. Me tiraram daquele carro, eu não conseguia me movimentar e me colocaram no asfalto, eu não vi meu pai, não vi minha mãe nem o Fábio. Sentia muita dor nas minhas costas. Uma senhora, passou no local de carro e me colocaram no carro dela e me conduziu até o hospital na cidade de Cachoeiro do Itapemirim-ES. Eu tinha quebrado o braço em dois lugares, a bacia na frente e atrás e a clavícula. Fábio quebrou a cabeça do fêmur e precisaria colocar uma prótese. Com tudo isso eu fiquei confusa: Meu Deus, eu com um ano de entrega a Deus, depois de tudo que ele fez na minha vida, meus pais voltaram para igreja, eu já tinha novas amizades, um ano de Canção Nova dando minha vida, e estou diante desse acidente. Mas, algo me impulsionava a acreditar que Deus estava comigo. Na quinta feira a tarde foi o acidente e na sexta feira tia Luciene chega no quarto e disse assim: Sua mãe voltou para Vitória, seus irmãos tão bem mas seu pai morreu, ele não aguentou ele faleceu. Meu Pai sempre presente na minha vida, sempre fiel me buscava quando eu caia nos meus porres. Chorei muito, mas algo dentro de mim me impulsionava a continuar e acreditar: Deus está comigo! Deus está nisso! Eu estava confusa claro que sim, mas não sabia como eu conseguia perceber: Deus estava comigo. Os grupos de oração daquela cidade, começaram a cuidar de mim, porque a minha família estava cuidando do velório do meu pai em Vitória e por causa da fratura na bacia eu não pude estar no enterro do meu pai. O médico veio e me disse quero te mostrar no exame como você é abençoada: A sua fratura na bacia fez uma curva e não seguiu para coluna. Eu não entendia tudo aquilo era muita dor, mas Deus está comigo! Eu não conseguia comer nada e apareceu um diácono e disse vou trazer a eucaristia para você. Fizemos a cirurgia e ai fui para casa da minha tia, o Fábio voltou para casa da família dele e o médico deu 3 meses de cama para mim e só depois de 8 meses eu voltaria para Canção Nova. Era uma dor no coração misturada com a dor no corpo. Deus providenciou um médico pra cuidar de mim, comecei a usar fralda, era uma humilhação, era medicamento forte, comia sempre na mesma posição, mas quando eu cheguei na casa da minha tia eu disse: "Quero receber Jesus todos os dias senão eu não vou aguentar." Ela conseguiu na paróquia que duas moças levassem comunhão para mim. Também um grupo chamado Água Viva ia cantar pra mim. E gente, não era mágico, mesmo com todo esse cuidado eu continuava a sentir dores. As vezes eu recebia Jesus e as dores aumentavam. Quando fizeram os exames no meu pé, foi constatado que ele havia se quebrado no meio. Quando comecei a tirar a tala do braço, da cirurgia, descobriram que o ligamento da minha mão tinha se rompido. Foi o amor da pessoas, o cuidado das pessoas que eu senti e pedi a Deus e que quando eu levantasse daquela cama, eu pudesse testemunhar as maravilhas que Deus estava fazendo pra mim, e é o que estou fazendo para vocês hoje. A minha afilhada de 10 anos ia escrevendo o meu estudo da palavra, lia e escrevia pra mim. O sofrimento vem e isso é próprio de quem segue a Jesus. A nossa vida não é uma mar de rosas, não é só alegria, não é uma ilusão, não é só prosperidade. Então, se vier o sofrimento, a tempestade, a perda, Deus continua conosco. Você tem Deus dentro de você e isso nos momentos de tribulação, nos leva a nos rendermos a Ele. O acidente foi dia 28 de dezembro e dia 11 de fevereiro, eu estava levantando da cama, dois dias antes do meu aniversário e do aniversário do meu pai. Levantei da cama dois dias antes do meu aniversário para celebrar minha vida e a vida eterna do meu pai. Depois que eu voltei pra Canção Nova eu continuei minha reabilitação, os exercícios próprios. Naquele ano de 2001 me convidaram pra cantar o salmo 1 ano depois, o salmo daquele dia e aí eu me dei conta do que falava aquele salmo exatamente um ano após aquele acidente: “Nossa alma como um pássaro escapou, do laço que lhe armara o caçador.” Sl 123/124 :: Vídeo que Eliana Ribeiro reza com Salmo 123 Com meu retorno a Canção Nova eu comecei a sonhar muito com meu pai. Os sonhos vinham meu pai ligando pra casa, olha eu não vou voltar pra casa não, eu não vou chegar pra jantar. Eu comecei a rezar e uma pessoa disse pra mim: é porque você não viu seu pai ser enterrado e sensação que você tem, é que seu pai vai chegar a qualquer momento. “ Um dia tive um sonho que o pessoal do cemitério tava chamando as pessoas da família, e minha mãe disse vai você. Meu pai me chamou nesse sonho e disse: minha filha naquele dia do acidente Deus perguntou pra mim se eu queria viver ou morrer e eu disse pra Deus eu escolho morrer, porque se eu escolhesse viver você teria que sair da Canção nova pra cuidar de mim por isso eu escolhi morrer.” O Padre Jonas disse pra mim e pro Fábio quando fomos pedir o nosso casamento 3 anos após o acidente ele declarou: “Meus filhos, aquilo foi uma grande investida do demônio para acabar com vocês. E seu pai minha filha ele deu a vida para que você estivesse na Canção Nova, seu chamado aqui foi regado no sangue do seu pai, para que você, não parasse de evangelizar. Aquilo tudo foi um consolo de Deus pra mim.” Ele veio pra roubar, destruir e matar. O demônio existe pra isso. Mas o meu Deus é muito mais forte, em quem eu confio, em quem eu espero, nas minhas provas, nas perseguições, nas calúnias é Ele que me poe de pé. Foi Ele que um dia foi lá no fundo do poço, me tirou das drogas, da bebida, da minha sexualidade desregrada, Ele quem me salvou e salva todos os dias. Você também tem uma tempestade a ser enfrentada proclame: Deus é maior! Uma vez que você construir a sua casa na rocha, as tempestades virão, os acidentes virão, eu não posso te enganar olha o meu testemunho! Se você tem os olhos em Deus em meio a tempestade, aos sofrimentos é passagem, vai passar. O segredo é ter os olhos em Deus. Eu quero testemunhar o que eu vivi o ano passado. Eu vivi um desgaste físico, emocional e psicológico muito grande. Eu vou confessar pra você, eu não consegui mais rezar: Eu dizia Senhor me ajuda! Eu me afastei dentro da Canção Nova. Cheguei numa depressão, insônia, ansiedade severa. No fim do ano o Senhor me incomodou dizendo que eu precisava de um retiro espiritual. Eu preciso de Deus, estou fria, estou vazia, mas eu preciso é DEle. Não tem pessoa que pode saciar a sua sede, nada pode saciar a sua sede de Deus, só Ele. Fui lá nesse retiro chamado Ágapeterapia, arrebentada espiritualmente e lá a pessoa que estava conduzindo disse Deus tá me dando a passagem da tempestade acalmada. Essa passagem foi a que eu rezei no meu DVD, ela já foi ganhando meu coração e ali fui me abrindo. De repente apareceu no alto da capela em que estava uma pomba se debatendo e sangrando, eu vi era eu ali me debatendo e morrendo dentro da Canção Nova. Mesmo morrendo, mesmo tirando pedaço de você não saia da comunidade, não saia da sua família, não saia do barco. Jesus está dormindo, mas Ele tá no barco. Se você abandona o barco, se você abandona a comunidade, você não vai ver a Glória de Deus.

Dóceis ao toque da mão de Deus

Quis a Providência que encerrássemos esse Acampamento “Fortes na Tribulação” com a Natividade do São João Batista. A liturgia da Igreja celebra apenas dois nascimentos, um deles é o do próprio Jesus e o outro é de João Batista, o qual foi escolhido para preparar o caminho do Senhor, enviado para preparar o coração das pessoas para receber Aquele que acalma a tribulação. João Batista, preparou o povo com um batismo de conversão para que pudessem receber e acolher Jesus em seu coração. Hoje, ele quer preparar o seu coração para que Jesus o visite. Só está preparado para a provação quem se prepara para receber o Senhor. Quero partilhar com você um pouco do nascimento de João Batista: Ele nasceu de um casal de velhos: Zacarias e Isabel. Veja como está narrado, no Evangelho de São Lucas 1,13-20, a visita do Anjo a Zacarias para dizer sobre o nascimento de seu filho: O anjo lhe disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque o Senhor ouviu o teu pedido. Isabel, tua esposa, vai te dar um filho, e tu lhe porás o nome de João. Ficarás alegre e feliz, e muitos se alegrarão com seu nascimento. Ele será grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada; e, desde o ventre da mãe, ficará cheio do Espírito Santo. Ele fará voltar muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Caminhará à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à sabedoria dos justos; e para preparar um povo bem disposto para o Senhor. Zacarias disse ao anjo: “Como posso ter certeza disso? Estou velho e minha esposa já tem uma idade avançada. O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel, e estou sempre na presença de Deus. Eu fui enviado para falar contigo e anunciar-te esta boa nova. E agora, ficarás mudo, sem poder falar até o dia em que estas coisas acontecerem, porque não acreditaste nas minhas palavras que se cumprirão no tempo certo”. Notem que Zacarias não estava com o coração preparado com a visita do Anjo. Muitas vezes, as tribulações começam em nossa vida quando duvidamos daquilo que Deus nos prometeu. João Batista é tão importante, porque “a mão do Senhor estava com ele. E o menino crescia e se fortalecia em espírito”. Santo é aquele que é dócil ao toque da mão de Deus. Ele sabe para onde nos levar, por isso precisamos ser dóceis. João Batista já era “touch screen”, porque ele era dócil nas mãos do Senhor. Deus mandava ir e ele ia. Eu e você precisamos aprender a ser dóceis à ação da graça de Deus em nossa vida. A mão do Senhor está sobre todos nós, como diz a primeira leitura de hoje. Para fechar com chave de ouro, o Salmo Responsorial, cujo Salmo é o 138, vem dar todas as respostas que precisamos. Leia e reflita: “SENHOR, tu me examinas e me conheces, sabes quando me sento e quando me levanto. Penetras de longe meus pensamentos, distingues meu caminho e meu descanso, sabes todas as minhas trilhas. A palavra ainda não me chegou à língua e tu, SENHOR, já a conheces toda. Por trás e pela frente me envolves e pões sobre mim a tua mão.Para mim, tua sabedoria é grandiosa, alta demais, eu não a entendo. Para onde irei, longe do teu espírito? Para onde fugirei da tua presença? Se subo ao céu, lá estás, se desço ao abismo, aí te encontro. Se utilizo as asas da aurora para ir morar nos confins do mar, também lá tua mão me guia e me segura tua mão direita. Se eu digo: “Que ao menos a escuridão me esconda e que a luz se faça noite ao meu redor”; nem as trevas são escuras para ti e a noite é clara como o dia; para ti as trevas são como luz. Foste tu que criaste minhas entranhas e me teceste no seio de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste maravilhoso; são admiráveis as tuas obras; tu me conheces por inteiro. Não te eram ocultos os meus ossos quando eu estava sendo formado em segredo, e era tecido nas profundezas da terra. Ainda embrião, teus olhos me viram e tudo estava escrito no teu livro; meus dias estavam marcados antes que chegasse o primeiro. Como são profundos para mim teus pensamentos, como é grande seu número, ó Deus! Se os conto, são mais que a areia, se acho que terminei, ainda estou contigo. Examina-me, ó Deus, e conhece meu coração, prova-me e conhece meus sentimentos; olha se meu caminho se desvia e guia-me pelo caminho eterno.” O segredo da grandiosidade de São João Batista foi o fato de ele ser totalmente entregue às mão de Deus. Deixe a mão do Senhor conduzir a sua vida; acolha o toque dócil de Sua mão sobre você!
Deus cuida de mim, mesmo que eu não veja, mesmo que eu não perceba. Deus cuida de nós, não há o que temer e nem desanimar.” Temos, como família momentos de tribulações e dificuldades. Quando estava grávida da Maria Luiza, indo para o sexto ou sétimo mês de gestação precisei me internar, pois o que estava vivendo era muito perigoso, tanto para mim, quanto para o bebê. Foram momentos muito difíceis. O parto foi marcado para o dia 15 de agosto as 15h. Toda a Comunidade Canção Nova, através do monsenhor Jonas estiveram em oração por nós. A Palavra que Deus me Deus para rezar durante toda a gestação foi quando Nossa Senhora visita Isabel. E por providência essa foi o evangelho do dia 15 de agosto, dia do seu nascimento. Ao nascer a Maria Luiza, pegou uma infecção generalizada. O que me deixou com muito medo, mas em nenhum momento deixei de acreditar na intervenção de Deus, Ele é o timoneiro que conduz o barco da minha vida. Foi um tempo de muita dor, onde não poderia levar minha filha para casa. Eu sabia que era o próprio Deus quem cuidava de mim. Graças a Deus, essa tribulação vivemos na fé. Não nos revoltemos, mas eu me via completamente abandonada em Deus. Temos a confiança naquele que nos fortalece. A tribulação não é sinal da ausência de Deus em nossa vida, fomos acostumados a viver e a desejar uma vida sem sofrimento. Precisamos colocar a nossa vida sob o comando de Deus, e quando isso acontecer saiba que precisamos estar atentos às provações, pois isso faz parte do caminho do cristão. Nesse caminho temos também as vitórias, mas não podemos esquecer das provações. Durante essa situação difícil, nós fomos atacados por nossos sentimentos. Tínhamos a dor de deixar a Maria Luiza na UTI e a expectativa de receber a sua filha ou de pegá-la no colo e levá-la pra casa. Temos sentimentos, pois somos pessoas, e eles vão aflorar em sua pele, mas precisamos confiar em Deus, pois é Ele quem deve nos dirigir e não os nossos sentimentos. Sabemos que em nossas vidas exitem o tempo da tribulação e da bonança. As nossas lágrimas precisam ser oração e subir a Deus como louvor. Estas realidades surgem quando nós menos esperamos, seja perdas, seja dificuldades, mas nós experienciamos esse Deus que está vivo através da sua Palavra. Se não estivemos fortalecidos em Deus, não iremos aguentar e nós como cristãos não podemos pular do barco, pois Jesus está dentro desse barco. Em nossa vida, é esse barco, mas Ele quer cuidar de nós, mesmo que não O percebamos. Precisamos confiar em Deus e saber que Ele está conosco. “Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos discípulos: “Passemos para a outra margem!” Eles despediram as multidões e levaram Jesus, do jeito como estava, consigo no barco; e outros barcos o acompanhavam. Veio, então, uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco; e este se enchia de água. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que estejamos perecendo?” Mc 4, 35-38 Os discípulos sabiam que corriam riscos, pois conheciam a bravura do mar, eles estiveram com medo, mas não pularam do barco, pois acreditavam em Jesus. Ele se levantou e repreendeu o vento e o mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento parou, e fez-se uma grande calmaria. Jesus disse-lhes então: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”Eles sentiram grande temor e comentavam uns com os outros: “Quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?” Mc 4, 39-41 Nós somos como estes discípulos, eles já conheciam Jesus, sabiam dos milagres que Ele já havia realizado, mas quando a tribulação vem, nós temos medo. Precisamos cada vez mais, termos os nossos olhares fixos em Deus. Não podemos desviar nosso olhar de Jesus, devemos buscá-lo. Corremos o riso de pear a Palavra de Deus e estudá-la como história, mas esquecemos que ela é Vida. É a Palavra que será nosso sustento em meio as tribulações. Quando fiquei grávida pela segunda vez, fiquei sabendo que meu bebê estava morto e um dia depois de saber disso, precisei animar um Kairós e Deus falava que eu precisava levar vida àquelas pessoas que viriam para o encontro. No outro dia, fui ao hospital fazer os procedimentos para os abortos espontânea. Durante a noite, fui invocando o nome de Jesus e uma freira a levar a comunhão para mim nos disse: “Deus os escolheu para ser luz para o mundo”. Depois fiquei grávida do Lucas, e quinze dias antes dele nascer levei uma queda, mas graças a Deus deu tudo certo. Fiquei grávida mais uma vez, e aos três meses eu tive mais um aborto espontâneo. Mais uma vez eu não meu revoltei, mas confiamos em Deus. Depois desses acontecimentos, muitas pessoas nos pediram que não tentássemos mas engravidar, por conta dos abortos espontâneos, mas nessa semana fiquei sabendo que estou grávida novamente, vivo um misto de sentimentos de medo, mas também de confiar em Deus. Veja, eu como você, também passo por medos, passamos por tempestades, mas vivemos na escolha de vivê-la em Deus. Ele sabe de todas as coisas. E independentemente do que vai acontecer, sou a favor da vida! Assim como Maria eu preciso dizer: “Senhor, faça-se em mim segundo a vossa vontade.” Satanás quer que nós percamos a alegria. E por conta disso, precisamos estar preparados e não abandonar o barco, não nos deixamos envolver com as coisas que não veem de Deus. Cada dia a mais precisamos nos fortalecer em Deus. Temos por Deus uma confiança filial, somos filhos e como família não estamos livres das dificuldades. Não é porque somos missionários que essas coisas não vão acontecer, o que difere é a reação. Qual é a sua reação quando você é visitado pela tribulação? Transcrição e Adaptação: Luana Oliveira -------------------------------------------------------------- Salette Ferreira e Marcelo Missionários Comunidade Canção Nova
Aprendendo com a vida e missão de João Batista Santidade é vocação de todos os cristãos, sem exceção. A redescoberta da Igreja, como um povo unido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo não pode deixar de implicar um reencontro com sua santidade, entendida no seu sentido fundamental de pertença àquele que é o Santo por antonomásia, o três vezes Santo (cf. Is 6,3). Professar a Igreja como santa significa apontar o seu rosto de Esposa de Cristo, que a amou entregando-se por ela precisamente para santificá-la (cf. Ef 5,25-26). Este dom de santidade é oferecido a cada batizado. Mas, o dom gera um dever, que há de moldar a existência cristã inteira: "Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação" (1 Ts 4,3). É um compromisso que diz respeito aos cristãos de qualquer estado ou ordem, chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Significa exprimir a convicção de que, se o batismo é um ingresso na santidade de Deus, por meio da inserção em Cristo e da habitação do Seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre (Cf. Novo Millenio ineunte 30-31). A formação da cultura dos povos é marcada positivamente pela presença da Igreja e por homens e mulheres que se elevam pelo seu comportamento e suas opções de vida, mostrando que, efetivamente, é possível sair da rotina do “mais ou menos” para confirmar que uma alma que se eleva, eleva o mundo. Tenho descoberto esta santidade em homens e mulheres que a testemunham na fidelidade ao Evangelho, na coerência de suas opções e na estatura com que enfrentam as dificuldades da vida. Há de se abrir os olhos e descobrir tais pessoas, vendo-as como provocação positiva ao risco de acomodamento que nos cerca continuamente. A Igreja reconhece, publicamente, a santidade com o que chama de “beatificação” e “canonização”. Hoje, o Brasil já conta com diversas pessoas assim reconhecidas, entre cristãos leigos, religiosos ou sacerdotes, crianças, jovens e adultos, confessores da fé e mártires. São homens e mulheres, cuja santidade heroica merece ser posta diante dos olhos do mundo. Não nos envergonhemos de dizer que os cristãos têm para oferecer ao mundo o que existe de melhor em humanidade. Não nos furtemos à responsabilidade de superar as falhas humanas existentes com a virtude comprovada e testemunhada. Nosso tempo tem direito a receber dos cristãos a oferta da santidade. Ao reconhecer que o mistério da iniquidade se encontra presente no meio do mundo e também entre os cristãos, continue como referência a medida alta da santidade! No período em que nos encontramos, chamado pela Igreja de “tempo comum”, as verdades do Evangelho são mostradas a todos pelo testemunho dos santos e santas que se consagraram a Cristo e são sinais luminosos de luta e de perfeição, além de reconhecidos como valorosos intercessores para aqueles que acreditam “na comunhão dos santos”, como dizemos na Profissão de Fé. E como sempre acontece, os santos de maior devoção geraram cultura e hábitos na sociedade. Multiplicam-se as festas patronais em nossa região, muitas pessoas retornam a sua terra natal para as férias que se aproximam e para se alimentarem de legítimas e positivas tradições religiosas que contribuem para que se tome consciência de que não nos inventamos a nós mesmos, mas somos tributários de uma magnífica herança, como tocha da grande olimpíada da vida a ser mantida acesa e passada às sucessivas gerações. São conhecidos de forma especial os santos do mês de junho, Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. São figuras que geraram cultura popular entre nós. Ponho em relevo, de modo especial, a figura de São João Batista, cujo nome, vida e missão são reconhecidos pela tarefa que a Providência Divina lhe confiou, como precursor da chegada do Messias, aquele que mostrou presente o Salvador do mundo, pregador da penitência, capaz de abrir, nos corações humanos, a estrada para que chegasse Aquele “que tira os pecados do mundo”, como foi por Ele mesmo apresentado (Cf. Jo 1,29). Um dia, Jesus recebeu emissários de João Batista com a pergunta sobre sua identidade de Messias. De fato, João se revelou sempre radical em suas escolhas e profundamente honesto em seu desejo de fidelidade à missão recebida. Mandou-lhe a magnífica resposta: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito!” (Mt 14,4-5). Às multidões de ontem e de hoje, Jesus fala sobre João Batista: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Olhai, os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta. Este é de quem está escrito: 'Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti'" (Mt 14,7-10). Viver para servir, ser honestos na procura da verdade e coerentes no comportamento. Com exemplos de tal quilate, descobrimos o quanto é bom viver para servir e amar. A vida e a missão de João Batista, unidas à sua oração fervorosa, nos façam acolher as verdadeiras alegrias vindas do Salvador e nossos passos se dirijam no caminho da salvação e da paz. Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo de Belém - PA Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA. 22/06/2012 - 08h00

A dor que nos purifica!

O sofrimento nos ajuda a escalar os cumes do amor a Deus A cruz e o sofrimento nos purificam, pois abrem nosso olhos para panoramas de vida maiores, mais verdadeiros e belos. O sofrimento nos ajuda a escalar os cumes do amor a Deus e do amor ao próximo. São inúmeras as histórias de homens e mulheres que, sacudidos pelo sofrimento, acordaram, adquiriram uma nova visão – que antes era impedida pela vaidade, pela cobiça e pelas futilidades – e perceberam com olhos mais puros: o que vale a pena, de verdade, é Deus que nunca morre nem trai. Descobriram que n'Ele se encontra o verdadeiro amor pelo qual todos ansiamos e que nenhuma outra coisa consegue satisfazer. Entenderam que o importante são os tesouros no céu, pois estes nem a traça rói nem os ladrões arrebatam (cf. Mt 6,20). Perceberam, enfim, que os outros também sofrem, por isso decidiram se esquecer de si mesmos e dedicaram-se a aliviá-los e ajudá-los a bem sofrer. É uma lição encorajadora verificar que, na vida de São Paulo, as tribulações se encadeavam umas às outras, sem parar, mas nunca o abatiam. É que ele não as via como um empecilho, mas como graça de Deus e garantia de fecundidade, de modo que podia dizer de todo o coração: "Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo" (2Cor 4,10). E ainda: "Sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo; porque quando me sinto fraco, então é que sou forte!" (2Cor 12,10). Até mesmo com entusiasmo: "Nós nos gloriamos das tribulações, pois sabemos que a tribulação produz a paciência; a paciência, a virtude comprovada; a virtude comprovada, a esperança. E a esperança não desilude, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rom 5,3-5). É o retrato perfeito da alma que se agiganta no sofrimento, que se deixa abençoar pela cruz. Outro exemplo muito significativo. Uma perseguição injusta dos seus próprios confrades arrastou São João da Cruz a um cárcere imundo. Todos os dias, ele era chicoteado e insultado. Mal comia. Suportava frios e calores estarrecedores. Para ler um livro de oração, tinha de erguer-se nas pontas dos pés sobre um banquinho e apanhar um filete de luz que se filtrava por um buraco do teto. Foi nesses meses de prisão, num cubículo infecto, que ganhou o perfeito desprendimento, alcançou um grau indescritível de união com Deus e compôs, inundado de paz, a 'Noite escura da alma' e o 'Cântico espiritual', obras consideradas dois dos cumes mais altos da mística cristã. E, uma vez acabada a terrível provação, quando se referia aos seus torturadores, chamava-os, com sincero agradecimento, “os meus benfeitores”. As histórias de mulheres e de homens santos, que se elevaram na dor, poderiam multiplicar-se até o infinito: mães heroicas, mártires da caridade... Daria para encher uma biblioteca só com a vida dos mártires do século XX, como São Maximiliano Kolbe, que, na sua cruz – na injustiça do campo de concentração nazista, nos tormentos, na morte –, achou e soube dar o amor e a vida com alegria. Padre Francisco Faus http://www.padrefaus.org/ 25/06/2012 - 08h00 Tags: alegria fraquezas sofrimento amor Deus

Por que ser batizado enquanto criança?

Livrar o ser humano do pecado original e torná-lo imerso no nome de Deus. Na fé católica, essas duas etapas tão importantes são concretizadas com o sacramento do Batismo, que comumente é realizado logo nos primeiros meses de vida. Muitas pessoas, porém, ainda se perguntam se o mais certo não seria o batismo na fase adulta, uma vez que assim haveria liberdade de escolha. Na abertura da Conferência Pastoral Eclesial da Diocese de Roma, na Itália, deste ano, o Papa Bento XVI falou sobre a importância do Batismo e o reafirmou enquanto uma necessidade para o ser humano. Ele enfatizou que ser batizado não é uma escolha como outra qualquer, da mesma forma que não é possível escolher nascer ou não neste mundo. Em entrevista ao noticias.cancaonova.com, o administrador da Diocese de Tubarão (SC), padre Sérgio Jeremias de Souza, esclareceu algumas das reflexões do Papa sobre o sacramento. Em relação à liberdade de escolha, o padre recordou que Deus não fere a liberdade do ser humano, muito pelo contrário. “Ele a alarga (a liberdade) e dá a verdadeira dimensão de vida plena. Ele não nos tira nada, mas nos dá tudo, sobretudo a participação em seu ser divino”. O padre destacou ainda que os pais sempre querem o melhor para seus filhos, daí o batismo acontecer logo na vida da criança. “Se Deus é algo bom para a minha vida de pai e de mãe, aquilo que é um bem para mim eu o quero também para meus filhos. E não há duvidas: o melhor é Deus, sempre”. Leia abaixo a íntegra da entrevista com padre Sérgio Jeremias noticias.cancaonova.com - Uma das consequências do Batismo, segundo o Papa, é o ato de tornar-se cristão, o que não depende somente da vontade da pessoa, mas de uma ação de Deus. Trata-se então da pessoa aceitar, a partir do Batismo, o projeto de Deus em sua vida? Pe. Sérgio Jeremias de Souza - Sim, muito mais do que um gesto social ou um gesto feito por tradição religiosa, o santo Batismo é uma imersão no ser de Deus mesmo e, por consequencia, nos planos e desígnios de Deus. Há uma misteriosa "parceria" que acontece a partir do sacramento do Batismo: Deus, que poderia realizar tudo sem minha participação quer, a partir de agora, contar comigo, com meu sim existencial aos seus divinos desígnios. A partir deste momento, a vontade de Deus passa a ter prioridade em minha vida; o que Ele quer e pede que eu faça precisa estar na dianteira de minhas decisões. A partir desta escolha fundamental, aquilo que a palavra de Deus ensina passa a ser um parâmetro de decisões: "Posso fazer tudo o que quero, mas nem tudo me convém" (1 Coríntios 6,12). noticias.cancaonova.com - O Papa enfatiza que o Batismo é necessário, não é uma escolha qualquer, assim como não se escolhe viver ou não. Como explicar, então, que batizar a criança quando bebê não é uma ofensa à sua liberdade religiosa? Pe. Sérgio - O Papa foi extremamente sábio ao acenar para esta resposta em seu discurso na Conferência Pastoral da Diocese de Roma, quando disse: "O Batismo das crianças não é algo contra a liberdade, é justamente necessário isso, para justificar também o dom da vida. Somente a vida que está nas mãos de Deus, nas mãos de Cristo, imersa no nome do Deus Trinitário, é certamente um bem que se pode dar sem escrúpulos." Em outras palavras, poderíamos dizer que, se Deus é algo bom para a minha vida de pai e de mãe, aquilo que é um bem para mim eu o quero também para meus filhos. Costumamos até comparar: os pais sabem que vacinas são necessárias para seus filhos (apesar da dor que muitas vezes sentem ao tomá-las); eles não esperam que seus filhos cresçam para decidirem se vão ou não querer receber estas vacinas, eles encaminham seus filhos para recebê-las porque sabem que é um bem. Poderíamos ainda recordar que nosso Deus em nada fere nossa liberdade, Ele a alarga e dá a verdadeira dimensão de vida plena. Ele não nos tira nada, mas nos dá tudo, sobretudo a participação em seu ser divino. noticias.cancaonova.com - O Batismo é um sacramento necessário à vida da criança, para que ela possa entrar, desde cedo, em comunhão verdadeira com Deus. Mas, sendo bebê, ela não pode escolher fazê-lo. Isso desperta atenção para o essencial papel dos pais na iniciação da criança na vida cristã. Qual é esse papel, qual a melhor orientação para despertar nos pais essa preocupação em batizar seus filhos o quanto antes? Pe. Sérgio - Gostaria de tratar de dois temas essenciais para poder responder amplamente a esta pergunta. 1. Desde cedo devemos desejar que toda a riqueza da graça e das bênçãos divinas habitem na vida de cada filho ou filha. É o céu habitando já dentro de nós a partir do santo Batismo. E como não desejar o céu em nós? Como não desejar a presença trinitária nos fazendo templos de sua divindade? Pais conscientes dão o melhor para seus filhos, também e, sobretudo, em termos de fé. E não há duvidas: o melhor é Deus, sempre. 2. Uma das coisas que precisamos lembrar sempre aos pais é que as crianças aprendem, sobretudo, por imitação em suas etapas iniciais da vida. Se Deus for buscado desde cedo pela família, amado pelos pais, celebrado em comunidade eclesial, Ele não será um ilustre desconhecido para os filhos e filhas. Aquilo que aprendemos por gestos concretos (neste caso o amor a Deus) marca permanentemente nossas vidas. noticias.cancaonova.com - O rito sacramental do Batismo envolve dois elementos, basicamente: a água e a palavra, que têm todo um significado para o sacramento em si. À vezes as pessoas desconhecem a plenitude da riqueza do sacramento. O Batismo seria melhor vivenciado se ele fosse melhor compreendido, em todos os detalhes do rito sacramental? Pe. Sérgio – Exatamente. E aí está a importância de cursos para pais e padrinhos bem preparados e administrados. Aquilo que não é conhecido não é amado. Conhecer bem a riqueza dos gestos e símbolos que a Santa Mãe Igreja preparou ao longo dos séculos para a administração de cada sacramento é uma forma de amá-los mais. Há aquilo que é essencial, mas há também outros elementos e gestos belíssimos no sacramento do Batismo que não podem e nem devem ser ignorados. A salvação e libertação que Cristo opera em nós são belissimamente visualizadas em cada momento da recepção deste sacramento. Talvez no Rito de Iniciação Cristã de Adultos para o batismo isso tudo seja mais perceptível, pelo fato de ser solenizado e feito em etapas. Mas também no batismo de crianças esta riqueza está presente. Leia mais .: “Batismo é muito mais que banho, é morte e vida”, diz Papa www.cancaonova.com

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Grupo de Oração é nada mais que o Meu Coração

Sex, 15 de Junho de 2012 12:20 Nesta sexta-feira (15), a Igreja celebra o Amor de Deus através do Sagrado Coração de Jesus. Um dia para consagrarmos as nossas vidas a essa fornalha ardente de caridade, que acolhe a todas as nossas alegrias, tristezas e dificuldades. Um Coração no qual todos devem procurar seu abrigo e refúgio. Confira uma profecia dada pelo Senhor à RCC durante o Congresso Nacional de 2007, quando Ele nos convidava a entrarmos em seu Coração e provarmos de Sua misericórdia, através de nossos Grupos de Oração: “Escutai povo meu, escutai meus filhos e filhas, se vocês se deixassem conduzir pela sabedoria do meu Espírito, jamais se afastariam de seus Grupos de Oração. Pois Eu quero vos revelar, com toda a minha autoridade, com toda a minha misericórdia, que o Grupo de Oração, o qual muitos de vocês têm abandonado ou desvalorizado, é nada mais que o meu coração e é no meu coração que cada um de vocês está gravado eternamente. Por isso, Eu mesmo, o Senhor, vos declaro e vos peço: retornem depressa ao meu coração, as portas se abrem. Entrem, entrem e sejam profetas no meu coração. O meu coração se abre para vocês, e o meu coração é cada Grupo de Oração espalhado nesta nação.” veja esse site;www.rccbrasil.org.br

Santidade: vida e missão

Dom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo de Belém/PA Assessor eclesiástico da RCCBRASIL Santidade é vocação de todos os cristãos, sem exceção. A redescoberta da Igreja como um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, não pode deixar de implicar um reencontro com sua santidade, entendida no seu sentido fundamental de pertença àquele que é o Santo por antonomásia, o três vezes Santo (cf. Is 6,3). Professar a Igreja como santa significa apontar o seu rosto de Esposa de Cristo, que a amou entregando-se por ela precisamente para santificá-la (cf. Ef 5,25-26). Este dom de santidade é oferecido a cada batizado. Mas, o dom gera um dever, que há de moldar a existência cristã inteira: “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1Ts 4,3). É um compromisso que diz respeito aos cristãos de qualquer estado ou ordem, chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Significa exprimir a convicção de que, se o Batismo é um ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre (cf. Novo Millenio ineunte 30-31). A formação da cultura dos povos é marcada positivamente pela presença da Igreja e por homens e mulheres que se elevam pelo seu comportamento e suas opções de vida, mostrando que efetivamente é possível sair da rotina do “mais ou menos”, para ser daqueles que confirmam que uma alma que se eleva, eleva o mundo. Tenho descoberto esta santidade em homens e mulheres que a testemunham na fidelidade ao Evangelho, na coerência de suas opções e na estatura com que enfrentam as dificuldades da vida. Há que abrir os olhos e descobrir tais pessoas, vendo-as como provocação positiva ao risco de acomodamento que nos cerca continuamente. A Igreja reconhece publicamente a santidade, com o que chama “beatificação” e “canonização”. Hoje o Brasil já conta com diversas pessoas assim reconhecidas, entre cristãos leigos, religiosos ou sacerdotes, crianças, jovens e adultos, confessores da fé e mártires. São homens e mulheres cuja santidade heroica merece ser posta diante dos olhos do mundo. Não nos envergonhemos de dizer que os cristãos têm para oferecer ao mundo o que existe de melhor em humanidade. Não nos furtemos à responsabilidade de superar as falhas humanas existentes com a virtude comprovada e testemunhada. Nosso tempo tem direito a receber dos cristãos a oferta da santidade. Ao reconhecer que o mistério da iniquidade se encontra presente no meio do mundo e também entre os cristãos, continue como referência a medida alta da santidade! No período em que nos encontramos, chamado pela Igreja de “tempo comum”, as verdades do Evangelho são mostradas a todos pelo testemunho dos santos e santas que se consagraram a Cristo e são sinais luminosos de luta e de perfeição, além de reconhecidos como valorosos intercessores para aqueles que acreditam “na comunhão dos santos”, como dizemos na profissão de Fé. E, como sempre acontece, os santos de maior devoção geraram cultura e hábitos na sociedade. Multiplicam-se as festas patronais em nossa região, muitas pessoas retornam a sua terra natal para as férias que se aproximam e para se alimentarem de legítimas e positivas tradições religiosas que contribuem para que se tome consciência de que não nos inventamos a nós mesmos, mas somos tributários de uma magnífica herança, como tocha da grande olimpíada da vida a ser mantida acesa e passada às sucessivas gerações. São conhecidos de forma especial os santos do mês de junho, Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. São figuras que geraram cultura popular entre nós. Ponho em relevo, de modo especial, a figura de São João Batista, cujo nome, vida e missão são reconhecidos pela tarefa que a Providência divina lhe confiou, como Precursor da chegada do Messias, aquele que mostrou presente o Salvador do mundo, pregador da penitência, capaz de abrir nos corações humanos a estrada, para que chegasse aquele “que tira os pecados do mundo”, como foi por ele mesmo apresentado (cf. Jo 1,29). Um dia, Jesus recebeu emissários de João Batista, com a pergunta sobre sua identidade de Messias. De fato, João se revelou sempre radical em suas escolhas e profundamente honesto em seu desejo de fidelidade à missão recebida. Mandou-lhe a magnífica resposta: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito!” (Mt 14,4-5). Às multidões de ontem e de hoje Jesus fala sobre João Batista: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Olhai, os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta. Este é de quem está escrito: Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti (Mt 14, 7-10). Viver para servir, ser honestos na procura da verdade e coerentes no comportamento! Com exemplos de tal quilate descobrimos o quanto é bom viver para servir e amar. A vida e missão de João Batista, unidas à sua oração fervorosa, nos façam acolher as verdadeiras alegrias vindas do Salvador e nossos passos se dirijam no caminho da salvação e da paz.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A juventude é uma pedra preciosa que, com o passar do tempo, pode ser largada no interior de uma rocha ou lapidada até revelar seu brilho a todos. Quantos jovens estão como pedras preciosas escondendo sua beleza, seu vigor,sua força e garra? A Igreja Católica, nos últimos anos, tem envolvido a juventude, dando-lhe um novo ânimo focado na evangelização, no qual o jovem é chamado por Deus não para viver os prazeres, mas os desafios de uma sociedade conturbada pela exposição corporal e a imposição da mídia consumista marcados pelo capitalismo e o sensacionalismo a todo o momento. Aprendemos, na Igreja, que o maior ensinamento no meio jovem deve ser feito pelo bom exemplo, seja com nossos parentes, amigos ou colegas. Onde estivermos e com quem estivermos, não podemos ter vergonha de acreditar e proclamar as graças de Deus em nossa vida. Os desafios travados pelos jovens que busca o Senhor é rejeitar o sexo fora e antes do casamento, fugir das diversões desregradas, das bebidas alcoólicas. “Quantos jovens estão como pedras preciosas escondendo sua beleza, seu vigor,sua força e garra?” A solução é manter os olhos fixos em Deus e buscar combater tudo com Seu exemplo. A felicidade do jovem não está em ter muitos bens passageiros, mas no amor do Pai que é incondicional e permanente. Esse amor transborda de tal forma que atinge e contagia aqueles que estão à nossa volta! A juventude brasileira católica passa por um momento sublime, no qual nos preparamos para a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013; e a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora resultam em uma verdadeira festa por cada diocese e paróquia que passa. Num ato de comunhão, podemos sentir o sopro de um tempo novo de avivamento, no qual quem participa ou participará poderá sentir, no coração dos jovens de todo o mundo, uma única língua sendo falada: a do amor. Por esse amor somos impulsionados a resgatar vidas sempre e evangelizar para o Senhor e por Ele. Cristielly Luiza da Silva

Será que sofro de complexo de inferioridade?

Conteúdo enviado pelo internauta PAULO FRANKLIN Sentirmo-nos inferiores é a mesma coisa que anular nossas qualidades para valorizar somente o que há de bom nos outros. É uma maneira sinistra de aniquilar nossa felicidade, simplesmente por não acreditarmos que somos capazes. Complexos são estados mentais, e cabe única e exclusivamente aos complexados reconhecer seus malefícios e lutar para deixar de tê-los. Uma pessoa não deixa de ter sua importância pelo simples fato de ser diferente das demais. A beleza da vida está justamente na nossa capacidade de descobrir o novo, aquilo que nossos olhos ainda não viram. Se não temos a obrigação de nos parecer com os outros, também deveríamos evitar toda e qualquer comparação. Comparar-se é buscar as diferenças que nos separaram. O sábio, antes de reparar nas virtudes do outro, enumera suas qualidades com verdade e simplicidade. Olhando ao nosso redor, vamos descobrir muita gente linda, mas que insiste em se achar feia. Vivem exaltando os defeitos e enxergando dor onde só há alegria e oportunidade de crescimento. Será que eu sofro deste mal? Como reconhecer uma pessoa complexada? Repare na maneira como você se trata, como você se enxerga. Pessoas pessimistas não se permitirem errar, por isso se afastam dos outros, para que não percebam suas fragilidades. Complexo de inferioridade é um câncer da alma que precisa sarar. “Só a verdade e a autenticidade nos libertam dos malefícios do complexo de inferioridade” Reconhecendo-se assim, todo mundo precisa lutar para se enxergar por igual. É tolice insistir em se esconder atrás do palco, quando há um papel de destaque para encenar. Possuir-se é o primeiro passo para dar-se aos outros. Quando eu descobrir que sou capaz, serei capaz de passar adiante minhas capacidades até então adormecidas. Simples assim. O exercício de ser gente consiste em amar o que temos, para só, então, valorizar o que o outro tem. Existe, dentro de cada um de nós, uma infinidade de coisas boas a serem descobertas. Pena que a timidez, o complexo de inferioridade ou até mesmo o pessimismo insistem em nos colocar no banco dos réus para nos acusar, dia e noite, de que não somos capazes. Permita-se errar. Seja você diante das outras pessoas. Só a verdade e a autenticidade nos libertam dos malefícios do complexo de inferioridade. Devemos ser simples para compreender o outro, mas nunca abaixar nossa cabeça diante dele. A verdadeira humildade consiste em se colocar no lugar do outro sem nunca deixar de habitar no nosso próprio lugar. Veja mais: Libertando-se de ser uma marionete Não podemos mendigar amor Quem recorre a Deus se torna maior

OS TRANSTORNOS DA BELEZA

Uma jovem francesa seguiu a carreira de modelo desde seus 12 anos, mas foi aos 25 que ficou famosa. A fama não veio tanto por sua profissão, mas por se deixar fotografar, em 2005, pesando apenas 25kg nos seus 1,65 metro de altura. Estamos falando da modelo Isabelle Caro, que morreu em novembro de 2010, vítima de anorexia nervosa, uma doença que altera a percepção da figura corporal. Isso ocorre quando a pessoa está com a forma corporal esquelética, mas, mesmo assim, se enxerga acima do peso (gorda). Casos como o de Isabelle não são fatos isolados, sobretudo entre mulheres adolescentes, quando a atenção e a preocupação com alguma parte do corpo é comum nesta etapa do desenvolvimento humano. DestravevídeosáudiosfacebooktwitterflickryoutubeBuscar reportagensartigosáudioInternautaO que é?Quem Faz? -------------------------------------------------------------------------------- Os transtornos da beleza Ditadura da beleza / reportagensUma jovem francesa seguiu a carreira de modelo desde seus 12 anos, mas foi aos 25 que ficou famosa. A fama não veio tanto por sua profissão, mas por se deixar fotografar, em 2005, pesando apenas 25kg nos seus 1,65 metro de altura. Estamos falando da modelo Isabelle Caro, que morreu em novembro de 2010, vítima de anorexia nervosa, uma doença que altera a percepção da figura corporal. Isso ocorre quando a pessoa está com a forma corporal esquelética, mas, mesmo assim, se enxerga acima do peso (gorda). Casos como o de Isabelle não são fatos isolados, sobretudo entre mulheres adolescentes, quando a atenção e a preocupação com alguma parte do corpo é comum nesta etapa do desenvolvimento humano. A modelo Isabelle Caro foi símbolo da luta contra a anorexia Especialistas da área de saúde mental se preocupam com um fator social que desencadeia a doença, sobretudo, entre jovens. São os chamados padrões de beleza corporal da modernidade; para ser mais claro, as chamadas “mulheres cabides” que aparecem na mídia com todo glamour, fama e dinheiro, ou seja, a carreira tão desejada pelas jovens quanto o futebol pelos rapazes. Com resultado disso, a anorexia é apenas uma das muitas enfermidades que surgem dentro da busca por um corpo “perfeito” e “rentável”. Hoje, com a cultura do corpo ideal aparecem novas doenças, frutos desta sociedade moderna e seu estilo de vida. “Nós temos aí a bulimia e a anorexia que são mais conhecidas pelos casos que vemos na mídia, mas já começam a surgir novas doenças como a ortorexia, que é uma busca incontrolável por comida saudável. A pessoa come algo e fica sempre preocupada em quantas calorias consumiu, quantas calorias tem isso ou aquilo”, revela o psicólogo Élisson Santos. Segundo o psicólogo, os padrões de beleza da modernidade vão fazendo com que muitos jovens desenvolvam certos tipos de patologia em busca de um físico perfeito. “Nós temos o caso de outra doença que é a vigorexia, a busca compulsiva por exercícios físicos. Muitos jovens estão chegando no consultório médico com este tipo de doença”, afirma Santos. Vigorexia: cumpulsão por exercícios físicos. Ortorexia: obcessão em comer comidas 'saudáveis' Os transtornos alimentares têm sua origem geralmente na fase púbere e juvenil (adolescência), pois os jovens enfrentam, nesta etapa, as mudanças corporais e alterações psíquicas. Além disso, o adolescente se preocupa de forma particular com a sua imagem estética, porque está exposto num certo grupo e tem necessidade de aceitação. A maioria dos casos de bulimia e anorexia, segundo pesquisas, tem início nessa fase (dos 13 aos 25 anos). Com o apelo midiático de um corpo super magro ou escultural é preciso ficar atento quando parentes, amigos e familiares começam a tender para o exagero, a fim de atender este estímulo da ditadura da beleza. Os transtornos alimentares são patologias psíquicas e merecem ser tratadas com especialistas da área (psiquiatras e psicólogos). É importante salientar que como toda enfermidade a pessoa precisa ser acolhida, compreendida e amada, nunca julgada e condenada. Um outro transtorno que vai ao extremo no cuidado com o corpo é a vigorexia. Apesar de não ser considerado um transtorno alimentício, a vigorexia está relacionada com alguns sintomas da anorexia como baixa autoestima, dificuldade de se integrar à sociedade e de aceitar a própria imagem corporal. Esse transtorno começa a ser mais comum entre os homens que, em nome de um corpo escultural, se submetem à compulsão por musculação e outras atividades do chamado “Body (corpo) Designer”. Outro transtorno decorrente da ditadura da beleza é o consumismo compulsivo (ONEIOMANIA). A pessoa precisa comprar, comprar e comprar para ficar feliz. Especialistas comparam o prazer que a pessoa sente ao adquirir um bem com o de pessoas viciadas em álcool, nicotina e até mesmo cocaína. A pessoa que sofre desse tipo de compulsão apresenta quadros de ansiedade, depressão, frustração, além de arruinar o orçamento familiar. Estima-se que de 2 a 8% da população mundial sofra deste mal, tudo pelo estímulo exagerado pela cultura do material e em nome da beleza. Mas quando detectar estes exageros? “A pessoa sabe que não está bem, mas precisa atender aos apelos da mídia. Geralmente, ela se isola do convívio social, deixa os relacionamentos de lado, torna-se uma pessoa intolerante com os outros e gasta mais dinheiro com a beleza do que com a vida social”, declara o psicólogo

Frei Moser comenta uso de células-tronco em pesquisas

Quinta-feira, 14 de junho de 2012, 08h22 Jéssica Marçal Da Redação ArquivoA pesquisa con genes é, para Frei Moser, uma aventura em que não se sabe o começo nem o resultado que ela vai darA ciência encontra-se em constante estado de evolução, buscando novos remédios, equipamentos e tratamentos que possam beneficiar pessoas que sofrem com alguma enfermidade. No entanto, um tipo de pesquisa, em especial, desperta polêmica na sociedade. Trata-se do uso de células tronco embrionárias em tratamentos terapêuticos. As células-tronco podem ser adultas ou embrionárias. As primeiras já estão no próprio organismo, de forma que se pode dizer que o corpo humano está repleto de células tronco adultas. A polêmica é em torno das células embrionárias. Para o especialista em Bioética e também integrante da Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), frei Antônio Moser, o próprio termo utilizado para definir este tipo de célula é um equívoco. “O melhor é falar de embrião, porque já não é mais uma célula. O embrião tem a sua identidade própria, tem o seu DNA próprio e original. Portanto desde o momento da fecundação já não é mais uma célula”, explicou frei Moser. Ética, Igreja e as células tronco O especialista enfatizou que a Igreja e a ética, de forma geral, não têm problema algum com as pesquisas com células tronco adultas, desde que sejam feitas com competência, sem comercialização e respeitando os princípios éticos referentes à vida humana. Ele acredita que, nesse tipo de estudo, pode-se colocar expectativas porque seria algo bom para a sociedade. “Você então não estaria esperando a morte de alguém para que outro viva, mas estaria realmente propiciando a vida sem a morte de um doador”. Já sobre o uso de células tronco embrionárias, o especialista acredita que a prática é uma traição ao princípio básico do direito à vida em todas as suas etapas. Ele informou que até hoje, 10 anos depois da liberação de pesquisas com esse tipo de células, os cientistas não obtiveram resultados. “E nunca se vai conseguir, justamente porque o embrião não vai ser assimilado por nenhum outro organismo. Inclusive todas as tentativas fracassaram e houve também casos de tentativa, como nos Estados Unidos, em que o resultado foi a morte do receptor dessas células”, contou. Site pessoalFrei Moser, que defende a vida desde a fecundação, ressaltando que o embrião já não é mais uma simples célulaRiscos Para além da questão ética, frei Moser destacou que o trabalho com os embriões nessa perspectiva propicia e leva à eugenia, o que implica na eliminação do embrião que possa, eventualmente, portar qualquer anomalia. Para o frei, isso é uma forma de buscar a vida apenas para os mais belos e mais fortes, por exemplo, o que contraria a visão cristã de vida. “A nossa visão de vida cristã nos diz que todo ser que nasce tem que ser respeitado e o fato de haver deficiências é altamente positivo, no sentido de lembrar a todos nós a consciência da nossa fragilidade. Nós não somos ninguém. Nós somos tudo quando estamos em comunhão com Deus e com os irmãos, fora disso, somos seres muito frágeis”, contou o frei. Outra implicação desse tipo de estudo, segundo ele, é o risco de manipulação e comercialização de embriões. O especialista contou, por exemplo, que já houve no Brasil um caso de mesclagem de óvulos de mulheres com idades diferentes, visando garantir a eficácia do resultado. “Traduzindo, nós estaríamos no auge de uma manipulação completamente inaceitável. Você não sabe mais quem é o pai, quem é a mãe e qual o resultado”. Legislação No Brasil, em março de 2005, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei da Biossegurança com 352 votos favoráveis, 60 contrários e uma abstenção. Mas, para Frei Moser, ainda não se tem como ter o controle necessário para esse tipo de pesquisa. “Na prática, cada um faz o que bem entende, não tem mecanismos de controle. Como você vai controlar o que se passa dentro de um laboratório?” O frei acredita que as pesquisas com células tronco embrionárias podem, inclusive, constituir uma ameaça à degeneração da espécie humana, já que não há como saber quais serão os resultados genéticos. “É como se a natureza fosse mal feita e nós, que somos conhecedores do mecanismo secreto, somos capazes de gerar o perfeito. Isso é uma arrogância muito grande. Mexer com genes é simplesmente uma aventura que você não sabe nem como vai começar muito menos como vai acabar” Ele disse que os laboratórios podem sim dar bons frutos em outras pesquisas, como em animais ou na agricultura. No tocante à vida humana, no entanto, enfatizou que os riscos são muito grandes. “Todo cuidado é pouco e, sobretudo, deveremos ter uma normatização muito mais adequada para impedir todo tipo de abuso. Agora, na prática, isso não existe e é o grande desafio do momento: como preservar os valores da vida humana, o direito de um ser poder ser ele mesmo e não simplesmente o fruto de uma mixagem de elementos genéticos” Leia mais .: Polêmica: a ética em torno do aborto

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O que é a fé?

A fé católica é coisa absolutamente diversa de uma simples crença Em artigo nosso anteriormente publicado, falamos do equívoco que é ver a religião como fenômeno exclusivamente sentimental e subjetivo, sem relevância intelectual e sem referência à realidade das coisas. Dizíamos que tal equívoco nasce de dois outros erros: (1) um que faz a religião depender somente da fé, como se não houvesse verdades religiosas que o homem pudesse conhecer à luz de sua razão natural; (2) outro que consiste numa falsa visão da fé, que é confundida com mera crença. Ora, como dissemos naquela oportunidade, esses dois erros são eliminados quando mostramos que: (1) existem verdades religiosas naturalmente acessíveis ao conhecimento humano; (2) a fé católica, como virtude teologal, é coisa diferente de uma simples crença. E vamos começar desenvolvendo o segundo desses pontos: a fé católica é coisa absolutamente diversa de uma simples crença. É importante frisar isso, porque, hoje em dia, as pessoas parecem já não mais saber o que é fé, acham que ter fé é acreditar em qualquer coisa. Porém, como sublinhou o atual Papa Bento XVI, quando ainda era o Cardeal Ratzinger, responsável pela Congregação da Doutrina da Fé (órgão que assessora o Santo Padre na defesa da fé), na famosa declaração Dominus Iesus: «Deve-se manter firmemente a distinção entre a fé teologal e a crença nas outras religiões» (n. 7 do documento). Precisamos, portanto, retomar o sentido da fé. Para isso, podemos recorrer ao significado primitivo e etimológico da palavra. Fé (do latim fides) significa a confiança que depositamos na palavra de alguém. Este sentido ainda está bem presente em expressões legais, como “boa-fé” ou “má-fé”. Um oficial de justiça, por exemplo, quando atesta algum acontecimento, escreve “certifico e dou fé”; com isso ele quer dizer que é verdade o que ele está atestando e que as pessoas podem confiar no que ele está falando. Dos documentos lavrados em cartório também se diz que têm “fé pública” – é mais uma aplicação do mesmo sentido. Quando confiamos na palavra de um homem, temos o que se chama “fé humana”. A fé humana é um meio de conhecimento, grande parte dos conhecimentos que temos de história, geografia ou de ciências naturais chega a nós por meio da fé humana. São conhecimentos que não podemos verificar por nós mesmos; todavia, nós os aceitamos confiando na palavra dos que nos ensinaram. Por exemplo, só sabemos que a Independência do Brasil foi proclamada em 1822 porque confiamos nos documentos que nos relatam isso e acreditamos no magistério dos historiadores – nenhum de nós já havia nascido àquela época e poderia verificar tal fato por si mesmo. Como afirmei acima, quando aceitamos como verdade o que nos diz determinado homem, digno de confiança, temos o que se chama fé humana. Porém, quando aceitamos como verdadeira a Palavra revelada de Deus, temos o que se chama “fé divina”. É por isso que o Catecismo da Igreja Católica, nos seus parágrafos 142 e 143, define a fé como «a resposta do homem ao Deus que se revela». Ter fé, portanto, não é acreditar em qualquer coisa; ter fé é aceitar como verdadeira a Palavra revelada de Deus, é aderir voluntariamente às verdades que Deus comunicou à humanidade, sem as aumentar nem as diminuir. Isso, por si só, já mostra o quão distante está a fé católica de uma simples crença. A fé é um conhecimento, mas uma simples crença não é conhecimento. Uma crença pode ser puro fruto da imaginação, da fantasia e da subjetividade do crente. No entanto, a fé está baseada no fato histórico e objetivo da Revelação. A fé é um conhecimento sobrenatural historicamente transmitido por Deus à humanidade. «Deus, tendo falado outrora muitas vezes e de muitos modos a nossos pais pelos profetas, ultimamente, nestes dias, falou-nos por meio de seu Filho» (Hb 1,1-2). O católico, portanto, não é um crente, mas um fiel, que guarda na inteligência e no coração o conhecimento sobrenatural transmitido aos homens por Deus. Este conhecimento sobrenatural em que consiste a fé está depositado nas duas fontes da Revelação divina, a Sagrada Escritura e a Tradição Apostólica, e nos é transmitido por intermédio do magistério da Igreja. Entretanto, existe um conhecimento natural de Deus que, de certo modo, consiste num preâmbulo da fé e do qual pretendemos falar, com a ajuda do Altíssimo, no próximo artigo.