Santo Padre falou aos participantes da reunião anual antidroga, reiterando seu “sim” à vida
Da Redação, com Rádio Vaticano

No seu discurso aos presentes, o
Pontífice expressou apreço pelo trabalho que a Conferência realiza
enfrentando este problema grave e complexo da atualidade. Ele fez votos
de que se possa atingir os objetivos propostos, como coordenar as
políticas antidroga e desenvolver uma estratégia operativa que contraste
o narcotráfico.
“O flagelo das drogas continua a fazer
estragos em formas e dimensões impressionantes, alimentado por um
mercado vergonhoso que atravessa as fronteiras nacionais e continentais.
Desta forma, continua a crescer o perigo para os jovens e adolescentes.
Diante deste fenômeno, sinto a necessidade de expressar a minha
tristeza e a minha preocupação”.
Francisco ressaltou que a droga não se
vence com a droga. Segundo ele, trata-se de um mal com o qual não pode
haver relaxamento ou compromissos, de forma que a tentativa de reduzir o
dano permitindo o uso de psicofármacos àquelas pessoas que continuam a
usar droga não resolve de fato o problema.
“A legalização das chamadas ‘drogas
leves’, mesmo de modo parcial, além de ser, pelo menos, questionável em
termos de legislação, não produz os efeitos que foram pré-fixados. As
drogas substitutivas, então, não são uma terapia suficiente, mas uma
forma velada de se render ao fenômeno. Quero reafirmar o que eu já disse
em outra ocasião: ‘não a qualquer tipo de droga’”.
Mas para dizer esse “não” às drogas é
preciso dizer “sim” à vida, observou o Santo Padre. Ele acredita que se
houver um “sim” aos outros, ao amor, à educação, ao trabalho e a mais
fontes de trabalho não haverá lugar para as drogas, para o álcool e para
outras dependências.
O Papa Francisco recordou que a Igreja,
fiel ao mandato de Jesus de ir a todos os lugares onde há um ser humano
que sofre, não abandonou aqueles que caíram na espiral da droga, mas com
o seu amor criativo foi ao encontro deles. “O exemplo dos muitos jovens
que, desejosos de escapar da dependência da droga, se empenham em
reconstruir as suas vidas, é um incentivo para olhar para frente com
confiança”, finalizou o Papa Francisco.
Esse Congresso Internacional realizado em
Roma teve como tema “O desmantelamento das estruturas financeiras do
narcotráfico”. 500 delegados de 129 países se reuniram para discutir
sobre o assunto, divididos em sete grupos de trabalho compostos por área
geográfica (América do Sul, Caribe, América do Norte e Central, Ásia do
Sul e Central, Europa, África, Sudeste asiático), abordando as
problemáticas da lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
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